Agradecimento de uma leitora do livro “Comunique-se Primeiro com Você” – Cristina Oliveira

Transcrevo, a seguir, o texto que recebi de Cristina Oliveira, jovem perspicaz e obstinada, a quem externo meu respeito e gratidão por tê-la como leitora. Em vez de “enorme e-mail”, eu preferiria chamar as suas comoventes idéias de “excelente artigo”.

“Tantas foram as solicitações para palestras, conferências, que Gamaliel Noronha decidiu publicar em livro suas lições da difícil arte da convivência e da comunicação. E hoje nos brinda com este maravilhoso Comunique-se Primeiro com Você. Lendo-o, cada pessoa, no mínimo dá uma repensada em sua vida; muitos haverão de melhorar e todos dirão, sem dúvidas: ‘Obrigado, professor Gamaliel!’ ” (Trecho retirado das “orelhas” do Livro Comunique-se Primeiro com Você, escrito por Geraldo Bezerra)

Em 2002, passava um “tsunami” em minha vida: problemas familiares, autoestima em baixa (muuuito abaixo de zero), um trabalho em que não me realizava, alguns probleminhas de saúde e por ai vai. A minha vida entrava em órbita, digamos assim.

Eu sempre gostei dos livros, desde pequena. Eles sempre me fascinaram. Eles eram – e ainda são – como imã. Dizem que devemos entrar em uma biblioteca com um objetivo, um propósito. Eu discordo. Os livros mais interessantes que encontrei em uma biblioteca foram por acaso. Muitas vezes eu entrava na biblioteca da faculdade simplesmente para olhar os livros. E foi nesse ínterim que me veio às mãos o livro Comunique-se Primeiro com Você de Gamaliel Noronha. Naquele ano, o livro tinha uma capa vermelha com um espelho enorme, o qual me chamou a atenção. Levei-o para casa e me deletei na leitura. Era um fim de semana.

Qual não foi minha surpresa, que em algumas partes do livro parecia que alguém se comunicava comigo, falando acerca dos meus problemas, aliás dos problemas não, das possíveis soluções e a partir desse livro comecei o meu clipping também. Por vezes me recordava da passagem que falava acerca da mocinha que “fez bem, fez certo, mas não fez o certo”. E o que dizer da comunicação intrapessoal – a coluna dorsal do livro? Até então eu não sabia que eu mesmo conversava comigo. Que loucura‼ Realmente, uma quebra de paradigmas‼ Se eu for descrever as passagens que modificaram o meu pensamento naquela época levaria muitos e-mails, mas acredito que um em especial, naquele ano, mexeu comigo: “Se você tiver um limão, faça uma limonada.” E o que segue: “O mais lógico e menos traumatizante é enfrentar o problema, maximizando os meios disponíveis, e conviver com o inevitável.” Das páginas 66 a 72 eu li e reli várias vezes, porque queria entender o que aquilo poderia estar dizendo para mim, naquele momento tão difícil pelo qual passava.

Terminei a leitura do livro, entreguei-o à biblioteca pensando: “Gostaria de ter o livro para ler daqui a alguns anos”. Terminei a faculdade, entrei novamente em outro curso e esqueci do livro, mas não de suas lições que ficaram martelando na cabeça por muito tempo.

Eis que, no ano passado, coordenei a instalação de uma biblioteca na Câmara Municipal onde trabalho e ficamos de receber mais alguns livros que só chegaram no início do segundo semestre deste ano, quando já não coordenava mais o espaço. Como sempre visito a biblioteca (pois a tenho como filha) qual não foi minha surpresa ao olhar nos livros recém chegados e me deparar com o livro: Comunique-se Primeiro com Você – de Gamaliel Noronha. Nossa!!! Capa nova, de cor verde, nova edição. Eu o peguei nas mãos e disse: “Eu não acredito‼”. É que o livro retornou para mim em outro momento crucial da minha vida, só que agora, no ano de 2011. Prontamente pedi que registrasse na minha ficha e o levei para casa, entreguei-o à minha mãe e disse: Mãe, leia esse livro. É ótimo, eu já li.” Alguns dias depois, minha mãe, após a leitura feita, sugeriu que eu fizesse uma nova leitura. E novamente, em um fim de semana, lá estava eu realizando uma grande comunicação intrapessoal, relembrando fatos, aprendendo coisas novas.

No momento que estou passando hoje, a citação que mais se destacou dessa vez foi: “Quem cuida bem de si mesmo, melhor se torna com os demais.” E a dimensão: “Espelho, espelho meu” é o que me instiga agora. Meus objetivos então, após essa leitura: cuidar bem de mim, e isso inclui fazer a terapia que tanto sei que tenho de fazer, mas não tinha coragem de enfrentar.

Um fato curioso, é que alguns anos atrás mesmo não indo à procura do livro na biblioteca da faculdade, sempre me lembrei do nome do autor. E teve um tempo em que fiquei sabendo, não sei como, nem por quem, que o autor tinha falecido. Eu fiquei realmente triste, pensei: “Mais um gênio que se vai.” E isso passou. Com a chegada do livro em minhas mãos numa nova edição de 2008, achei que alguém tivesse feito esse novo livro como forma de uma homenagem ou algo assim. Qual não foi minha surpresa, que por esses dias, assistindo ao Jornal CE TV, à noite, em uma reportagem sobre algum lugar de Fortaleza que não me recordo qual era, a repórter entrevistava algumas pessoas que frequentavam o lugar e falavam sobre sua importância, e de repente surge dando entrevista nada mais nada menos que …. Gamaliel Noronha – escritor. Eu gritei: “Ele tá vivo, ele tá vivo.” Minha mãe correu em minha direção e disse: Quem, menina???‼ E lá fui eu explicar. No dia seguinte fui até a biblioteca, peguei o livro e procurei algo com o que pudesse me corresponder e lá estava o magnífico e-mail do escritor. Não resisti. Estou eu aqui escrevendo esse ENORME e-mail para fazer jus ao que Geraldo Bezerra disse “muitos haverão de melhorar e todos dirão, sem dúvidas: ‘Obrigado, professor Gamaliel’‼”. Então … OBRIGADA, PROFESSOR-MESTRE GAMALIEL!

 

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