Hino da Polícia Militar do Piauí

No primeiro governo Alberto Silva (1971-1975), a Polícia Militar do Piauí lançou concurso para escolha do hino da corporação. Residindo em Teresina já há três anos, resolvi participar do certame.
Observei que um dos focos principais da administração do comandante da PM, o pró-ativo coronel Canuto Tupy Caldas, era o crescimento da auto-estima da tropa em todos os escalões.
Com isso, raciocinei que a minha composição teria que ser curta, com uma letra fácil, portanto sem prolixidade, e cheia de entusiasmo para que não só os militares, mas também os civis fossem motivados a cantar.
Falei, então, da Batalha do Jenipapo, situada em Campo Maior, quando piauienses deram exemplo de coragem em defesa da Independência do Brasil. Evidenciei, também, o respeito e o carinho que a população deve dispensar àqueles que, ao vestirem a farda, comprometem a própria vida em defesa da segurança pública. Procurei mostrar que a polícia é o povo fardado.
Dei-me bem. Na lista tríplice das melhores letras, a minha foi escolhida como vencedora. A melodia, entretanto, necessitava de mais cadência militar, o que lhe foi dada, com maestria, pelo então subtenente, hoje capitão Simplício de Moraes Cunha.
No mais, avante, com a Polícia Militar do Piauí!

Para ouvir, acesse:

Hino da PMPi – Interpretação: professor e músico piauiense José Luis Carvalho dos Santos (voz e violão)

Ou

https://www.youtube.com/watch?v=pXImavRHGeU – Interpretação: tropa da PMPi

Ou
https://www.youtube.com/watch?v=hfeCzxrEC_A – Interpretação: soldado Rômulo Augusto

Letra: Gamaliel Noronha
Música: Subtenente Simplício de Moraes Cunha

Um passado de lutas e vitórias
Revivemos neste hino de amor,
Amor à ordem e ao progresso
Num estado de paz e esplendor. […]

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Amanhã do Adeus à Teresina

Cheguei à Teresina em agosto de 1969 contratado pela Sudene para estruturar e coordenar o Curso Pré-Vestibular de Matemática e Física da Faculdade Católica de Filosofia do Piauí, precursor do Instituto de Ciências Exatas e da Natureza da Universidade Federal do Piauí. Nesse projeto, onde também lecionava Matemática, a previsão de minha permanência era de seis meses que se elasteceu para dois anos e meio.
Depois, fui o primeiro diretor financeiro da Companhia de Desenvolvimento Rodoviário do Piauí (Coderpi), coordenador do programa de promoção do menor da Secretaria do Trabalho e Promoção Social de onde saí para estruturar e dirigir a Assessoria de Relações Públicas da Telecomunicações do Piauí SA (Telepisa). Durante todo esse tempo, dediquei-me, também, ao rádio e televisão, tendo sido o primeiro apresentador de jornal televisivo do Piauí (TV Clube de Teresina) e noticiarista das rádios Difusora e Pioneira.
Foram dez inesquecíveis anos pelas experiências vividas e pelas valiosas amizades conquistadas. Por tudo isso, quando passei a planejar o meu regresso a Fortaleza, o que ocorreu em 1980, externei em versos, esmerados nas entranhas do coração, as emoções por ter que deixar os verdes campos do Piauí, com muito orgulho, a minha segunda terra.
Para compor a melodia, contei com a valiosa orientação do professor e músico José Luís Carvalho dos Santos, meu compadre, e de seu saudoso pai, o coronel PM, professor e maestro Luiz Santos.
É, também, de minha autoria, com muito orgulho, a letra do Hino da Polícia Militar do Piauí (ver post, nesta mesma categoria).
O leitor, também, poderá ouvir “Amanhã do Adeus à Teresina”, com minha interpretação e acompanhamento do músico cearense Leitão, ao violão.

(Declamando)

Diz o dito popular
“Quem vem de longe
E bebe do Parnaíba
Nunca mais pensa em voltar”.
Prefere ficar aqui
Andar pelo sertão,
Campo Maior, Piripiri,
Os banhos no Caldeirão. […]

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