O valor pessoal único no contexto empresarial

Este enfoque se assenta, inicialmente, no conceito psicológico de personalidade.

O indivíduo quando nasce traz consigo um conjunto de qualidades que são “só dele”, cognominado pela Psicologia de herança biopsicológica. Essas qualidades se identificam na sua constituição física (estrutura orgânica) e no seu temperamento (tendências básicas). Vivendo, o indivíduo conquista outro conjunto de qualidades que também são “só dele” – a chamada influência ambiental – e que formam o seu caráter (reações adquiridas) e a sua cultura (riqueza e variedade de conhecimentos). E é dessa união que faz surgir, no indivíduo, a sua inteligência (maior ou menor aptidão intelectual). O somatório constituição física + temperamento + caráter + cultura é que define a sua personalidade.

Cada personalidade é constituída, pois, de dois fatores originais: a hereditariedade (bagagem genética) e a influência ambiental (aprendizagem). Fica bem evidenciado, como destaca Sérgio Miranda, especialista em Gestão Organizacional, no seu livro A Eficácia da Comunicação que “somos pessoas singulares. Não existe ninguém igual a nós”. Devemos, pois, assumir a convicção dessa personalidade exclusiva e, mais ainda, dos meios “individuais e intransferíveis” que ela está a nos oferecer para a consecução de um projeto de vida. E, partindo desse princípio, é necessário que cada um se conscientize dessa riqueza interior que vai lhe possibilitar a realização de seus objetivos de maneira firme e determinada.

Chegamos, assim, ao “valor pessoal único” que nos conduz a aspectos fundamentais. O mais importante deles é que cada indivíduo tem a sua marca inconfundível no cumprimento de uma tarefa. Alguém pode até realizá-la melhor, mas do mesmo jeito é impossível. E é desse modo como as pessoas devem ser vistas no contexto empresarial. Ou seja: cada colaborador, por ser diferente dos outros, deve apresentar, também, um desempenho diferente e é lamentável que muitos empresários menos avisados não saibam ou subestimem este ditame biológico.

Sendo assim, o administrador precisa saber conduzir e motivar os seus “clientes internos” a partir do respeito às diferenças individuais e, por conta disso, obter um melhor retorno advindo do uso racional de habilidades e competências.


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