Recursos humanos: Uma nova visão empresarial

Para os empresários conservadores, o trabalhador sadio é aquele que não se queixa de um gemido. Eles pensam assim: “Ora, se não há gemido, não há dor e se não há dor…: Eis um homem preparado para enfrentar o batente e pronto para oferecer o desempenho desejado”.

A verdade é que o trabalhador com este perfil nem sempre está bem. E o leitor sabe por que? Porque ele não está de bem com a empresa. Isto porque ninguém lhe perguntou ainda: “E o trabalho, como vai?’’. “Satisfeito com o que está fazendo?”

Em outras palavras: a moderna administração exige do empresário que este se preocupe com os anseios, com os planos, com as idéias, com os sonhos do empregado hoje tratado como “colaborador” ou “cliente interno”.

Está comprovado que não é possível separar, numa existência verdadeiramente sadia, o corpo da mente porque é na mente onde se armazenam emoções e sentimentos que, por sua vez, motivam a disposição do corpo. E, hoje, as empresas bem estruturadas sabem disso pelos relatórios de seus setores especializados em capacitação de recursos humanos.

Muitos empresários menos avisados se “apaixonam” pela máquina, esquecendo que ela – a máquina – é criatura e o ser humano é o seu criador e condutor. Portanto, nada mais lógico do que o empresário de visão dedicar atenção especial, em primeiro lugar, para com o seu quadro funcional.

Ouvir, treinar, reciclar, abrir perspectivas, possibilitar meios de ascensão, adaptar o homem ao trabalho e o trabalho ao homem representam atitudes “mágicas” no relacionamento empresa-colaborador. E o importante é que os dois saem ganhando: a primeira, obtendo lucros e o segundo realizando sonhos.

Agindo, assim, a empresa entra em perfeita sintonia com o pensamento de George Shultz, ex-chancelar dos Estados Unidos: “O maior investimento da economia, porque de melhor retorno, é o investimento em gente. Só é possível a construção de uma potência econômica a partir da formação e da utilização de seus recursos humanos.”


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