Inocência

Aproveito, hoje, estas linhas de minha crônica, para falar a respeito de um livro que li e que, com seu conteúdo, alimento, beneficamente, minha imaginação e meu espírito.

Não sei se é por almejar uma vida livre, sem grilhões e sem grades, que considero Inocência o melhor e mais comovente romance lido, até hoje, por este estudante enamorado da literatura.

Escrito por Visconde de Taunay, em 1872, Inocência dá-nos a impressão de estarmos, ainda, mergulhados na atmosfera dos tempos do Brasil Império.

Com palavras que não nos deixam esquecer, o grande romancista leva até ao Amapá, no extremo norte, o calor dos pampas e o perfume das matas do Rio Grande do Sul. Quem ler Inocência sentir-se-á como que um bandeirante, desbravando, em companhia de Cirino, as serras, os rios e os sertões mato-grossenses.

Finalizando sua obra-prima, diz Taunay, com belas palavras, que, Inocência, a beleza sem par, deixava a vida e era sepultada sob as terras incultas e ardentes da região central do Brasil.

Entretanto, caro leitor, quem ia para o esquecimento era, apenas, o personagem da história e não Inocência, o romance de Taunay, pois esta grande obra, com suas magníficas orações, nunca será olvidada pelos amantes das letras e da liberdade e por aqueles que conhecem as sábias palavras de Clifton Fadiman: “ Os livros aquecem gerações ainda não nascidas”.

 

 

4 comentários em “Inocência”

  1. Meu prezado
    Sempre é bom ler nossos amigos pois nos conduzem às lembranças de tempos passados, mas que graças a este cérebro privilegiado, com que Deus o Todo Poderoso nos dotou tem o poder de trazer à realidade do presente aquilo que julgávamos esquecidos. Vc é uma lembrança bem viva, alegre e querida, de quem guardo com prazer fatos vividos.
    Por favor corrija o tempo verbal, em nome da pureza linguística, que aprendemos: ” …dá-nos a impressão …” Dê lembranças ao Noronha

  2. Prezado coronel Josedes,
    É com imensa satisfação que recebo o ilustre amigo em meu blog. Obrigado pela correção que já foi feita “em nome da pureza linguística”. Quando escrevi Inocência, com certeza, não tinha ainda assimilado os ensinamentos do saudoso professor Edmilson Monteiro Lopes em seu livro “Apontamentos de Português”. Lá constava: Dar = oferecer, dá = oferece.
    Aguardo-o, com prazer, em outras oportunidades.

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