A empresa, o indivíduo e o computador

Como vivemos a Revolução da Cibernética (segundo Silveira Bueno “a ciência que estuda as comunicações e o controle dos seres vivos e das máquinas”), é oportuna uma análise focada na importância mútua existente no relacionamento pessoa-máquina, hoje tão fortalecido com o advento do computador.

As empresas dependem de pessoas para o seu funcionamento e continuidade. Daí, ser inevitável um tratamento especial para com o ser humano, a partir da percepção de seu valor único, do desenvolvimento de sua auto-estima, da aceitação de sua personalidade e do entendimento de sua conduta como animal social.

Falemos da máquina, mais especificamente do computador. Mesmo sendo ele uma conseqüência da capacidade humana de criar, é válido um questionamento: essa invenção maravilhosa veio para ofuscar o indivíduo ou para fazê-lo crescer?

Giovanni Giovannini, em seu livro Evolução na Comunicação, afirma que o computador “tende muito mais a assumir o lugar de instrumento útil e muito difundido: um componente insubstituível na vida de todos os dias, desde o local de trabalho até os momentos de lazer”.

Temos que convir: quem traz inovações crescentemente dinâmicas e vem para “assumir o lugar de instrumento útil e muito difundido” se caracteriza como uma ferramenta que surgiu para facilitar a vida do ser humano e fazê-lo crescer. O indivíduo, conquanto, precisa estar atento para não se acomodar e se tornar um simples “aperta-botões”. Ele precisa manter diante do mouse e do teclado a sua superioridade de comando.

Na empresa, o rendimento do computador depende, pois, do desempenho do colaborador ou colaboradora que está a exigir de seus superiores um permanente processo de melhoramento, de recapacitação de seus valores que, desse modo, irão refletir na própria performance dessa companhia moderna e extraordinária.

Em outras palavras: É o indivíduo melhorado, e somente ele, que pode melhorar a máquina.

No mais, é seguir o conselho simples, mas sábio, de Norbert Wiener, matemático norte-americano: “Dar ao homem o que é do homem e ao computador o que é do computador”.


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